segunda-feira, janeiro 04, 2010
Where is
Vão os conceitos. Vão os ideiais. Foi a tecnologia. Os gênios de outrora o seriam agora? Isso tudo é ilusão. É cópia, plágio da propria indignação.
Vão as pessoas e com elas, pedaços de nossa existência. Lembra-me o conto em que o Velho senhor, com o coração remendado e disforme, encontra-se com o Jovem garoto, com um novo e belo coração. O segundo gaba-se da beleza de seu coração e profere ao senhor que nunca permitirá que seu coração se torne tão deformado. O Velho sorriu e respondeu ao garoto:
- Pobre de ti, se assim o fizerdes, pois mesquinha e pequena será sua existência.
- Não compreendo, por que diz isso? - indagou o garoto.
- Muito simples, - explicou - as experiências nas tais vivemos, arrancam de nós, pedaços de nosso coração. Muitas vezes, alguns partes, e levam consigo, partes de nós, por vezes, chegam outros e trazem de si seu próprio coração, que em amor, nos doam.
Quanto mais o coração de uma pessoa é remendado, mais trocas ele teve em sua existência.
Se não há trocas, não há experiências.
Após ouvir isso, o garoto se sentiu envergonhado. Pediu desculpas ao Senhor e no mesmo instante, tirou um pedaço de seu belo coração e deu ao Velho. Este, por sua vez, retribuiu doando de si, um pedaço de seu coração para o garoto.
sábado, junho 06, 2009
Palavras eternas de sexta a noite
São esses momentos mágicos que justificam a vida, são os presentes de Deus, em forma humana de diálogo profundo. De alma para alma, mergulho na eternidade, sem intervenção humana. Será real?
Quando acaba, dá aquele apertozinho, aquela sensação de que o mundo ficou pra trás. Que pena!
Talvez nunca mais se repita, talvez nunca haja um reencontro similar. É como receber do nada uma bala 7Belo. Agradável surpreza. E, sim, elas ainda existem.
Haverão outros convites, ou não. Mas, de certo, nunca iguais.
Obrigado.
Que sejam constantes, tal a alegria e entusiasmo que proporcionam.
Que todos, pelos menos um vez, em sua breve existência, sejam agraciados por essa benção.
Amém.
Obrigado, você.
De algum lugar no céu, entre Fortaleza (CE) e Brasilia (DF).
quinta-feira, junho 04, 2009
Fuzarca
domingo, maio 31, 2009
Abertura triunfal
Hi! Deixa que digam
Que pensem, que falem
Deixa isso prá lá
Vem prá cá
O que é que tem?
E eu não tô fazendo nada
Nem você também
Faz mal bater um papo
Assim gostoso, com alguém?
Composição: Jair Rodrigues
Em show realizado em Indaiatuba no evento socioambiental "Toyota Trilhas da Natureza" no último sábado (30), o cantor Lulu Santos abriu o show com o hit "Deixa isso pra lá", sacodindo o público que o aguardava.
No show apresentou seu novo CD, "LongPlay" além de cantar velhos sucessos.
A programação começa a partir de 9h30 e compreende oficinas, peças de teatro infantil e exposições comandadas pela ONG SOS Mata Atlântica.
A estátua audaz
Aqueles de outra época anunciavam: As flores fenecem assim como tudo que caminha pela Terra. A velha e gélida estátua demonstra tal ventura pela sua aparência fúnebre e lúgubre. Não há calor em sua constituição acinzentada e gasta pelas vãs lutas em busca de ilusões. Sua cruz é o próprio mundo, que a consome. Lamento. Não posso deixar de dizer. Tal animalidade deve ser registrada para que os homens de amanhã não sintam em seus ombros tal peso. Isso é passado e não deve se repetir. Não há razão. Os tempos mudaram. Os dias são outros. Devemos ouvir o que dizem os grandes. Devemos ser grandes em potência e em envergadura. Basta de nos servir com salsichas processadas com a miudeza de pensamentos, corrosivos e obstinados, tais como foram presenciados.
Tudo o que permaneceu foram as marcas. E, o fato que de tudo continua se modificando. Conflitante? Mudança constante é a única coisa permanente. E ponto. Com que devemos gastar da luz do dia? Shakespeare. Sê inteiro em tudo o que fazes! Pessoa.
Era manhã de quarta-feira. Cedo, bem cedo. E o mundo já havia caído. Não havia razão. Ah, sim havia: Exercício de prepotência e arrogância, recheada de requinte, polidez e aparência. Era tudo lindo. O desprezo, a humilhação, o uso adequado do verbo para condenar e criticar. Havia tons de delicadeza, para dar liga. Mas havia salvação, sempre houve. FOCUS ON. Lembrara do conselho recente do bom amigo de muitas eras. “Nestas horas tire sua mente deste ambiente contaminado. Imagine uma borboleta voando tranquilamente pelas pradarias do sul numa tarde ensolarada, de vento brando.” Feito.
Quem é o vilão? O dinheiro ou o homem? Pobre recurso, manipulado pelas mentes mais doentias a propósito do ego. Não vejo problema no dinheiro, mas na forma deturpada que o espírito humano o manipula. Pobre, quando rico se perdeu. Blasfêmia. Estampado em seu rosto inerte repousa seus atos. Tudo o que foi capaz de fazer para que lhe restassem alguns tostões a mais. Mentir, manipular, abusar de seu falso e ilegítimo poder, fruto de sua própria mentira. Você acordou, pobre. Você acordou vazia de valores, de sentimentos, vazia de humanidade e quis que o mundo fosse assim. Você se levantou de sua tumba fria e trouxe consigo sua falta de humanidade. Não, múmia não, não se aplica. Tiranos não merecem tão reconhecimento. Abandona a tirania, pobre diabo.
A Cesar o que é de Cesar! Está rico! Banhe-se em sua falsa fortuna. Tua fama o precede. Mas você prefere o conforto de sua cegueira. Desculpe-me, não basta novas lentes. É necessário renovação. Não é. É o que ser quer ver. Ou deixar de ver. Faz de conta. Isso te apetece não é?
São Paulo-SP
domingo, abril 26, 2009
Coalesce()
Seria ótimo utilizá-la na vida real. Oh céus, mas o que é real?
Quantas vezes trocamos o real pelo vazio, o certo pelo incerto. E, em quantas vezes, estamos certos? Em algumas ocasiões por falta de tato, faro, ou a habilidade que lhe permite com maestria filtra a oportunidade correta. Em outras, a ilusão, a cegueira, ou o cruel vilão, o medo, nos impele a optar pela falta de opção.
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quinta-feira, abril 23, 2009
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"Não há quem goste de dor, que a procure e a queira ter, simplesmente porque é dor..."
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Fonte: http://pt.lipsum.com/
sexta-feira, abril 17, 2009
Sem mais dizeres
segunda-feira, novembro 24, 2008
Abaixo o discurso capicioso
Os gritos lugubres e funestos do futuro providos do coro das medusas e, ainda mais, pelo seu mantenedor, destoam da melodia natural da vida e corroem a sanidade e o brio daqueles que os circudam, provocando a gênese do caos.
Diante do ocorrido, do dito pelo não dito, do certo pelo incerto, há sempre um melquisedeque. Uma fenix flamejante, renascendo. O grito de Odin, ordenando aos silfos, ondinas e salamandras que a ordem seja restaurada. Haja Luz.
domingo, junho 01, 2008
Lesado pela falta de rumo.
Ver em todas as direções, sem culpa, para obter clareza é, sem dúvida, o foco principal no se deve se espelhar. Há sempre como corrigir o percurso.
domingo, maio 25, 2008
I´m back.
Obrigado mulheres jornalistas, tanto paulistas quanto cariocas.
domingo, novembro 06, 2005
O bêbado e a equilibrista II
Não foi necessário muito até que, por ordem da moça, os olhares se voltassem a Carlos. Com eles centenas de flechas acertavam-lhe de súbito, sem perdão, como se toda a superfície de seu corpo fosse corberta pelo desejo alheio de que sua boca retorquisse respostas, justificativas que o fizessem heroí ou simplesmente o denunciassem como o acéfalo da turma.
E, claro, Charlene falava como se não tivesse nada ocorrido. Discorria sobre fatos passados, piadas empoeiradas em que Carlos era sempre o dublê do ator principal, cabendo-lhe a ordem de pancadas, tombos e escombros. O sujeito simplesmente ouvia, às vezes, externando um sorriso amarelado, como se todo o conteúdo alí, em pauta, lhe parecesse interessante.
Tornara-se, contudo, ato cruxial, a ousadia da moça, esboçando a esmo a diversidade de amigos que lhe parecera buscar a felicidade competindo com ela os moçoilos da cidade. E era engraçado, dizia olhando para Carlos, que há alguns que lhes cabia bem o papel, fosse pelo modo de agir, da vestimenta ou delicadeza, mas não o eram. Enquanto outros, maqueados pelo véu do casamento ou por namoradas solitárias, não abandonavam os bastidores. Dissera-o desejando uma reação inusitada de Carlos. Esperava por isso desde que ele chegara. Provocá-lo, como nos velhos tempos, lhe era motivo de aprazia.
Do tempo que se conheceram no colégio, atingira o ponto de causar-lhe aversão. Carlos, por determinado tempo, não suportava a idéia de ver Charlene diariamente. Mudara a rota de retorno para casa, a carteira na sala de aula, o círculo de amigos. A moça, do contrário, especializara-se em irritá-lo. Era a delicadeza do jovem ao falar, suas mãos, o cabelo, sua devoção à justiça e a verdade. Tudo era motivo para surrupiar-lhe à paz. E Charlene sorria, desmanchava-se em gargalhadas. Sempre fora assim. No fundo, gostava do rapaz, e isso, de certa forma, estimulava as discussões entre ambos.
Carlos sempre se contivera na vã tentativa de evitar as discussões abrasivas. Mas, desta feita, sentira que, de uma nova forma, deveria agir. Charlene tornara o ambiente frio, congelado, e todos mergulhados em profundo silêncio, buscavam em solidão uma frase solta, piada, ou o quer que fosse para retomar a prosa. Mas, ninguém, se pronunciou. Carlos, sorriu. Gargalhou, e aos demais, aliaviados, restara-lhes acompanhá-lo.
Charlene, minha suntuosa flor da montanha. Proferira ironicamente Carlos, deixando a ebriedade servir-lhe de escudo e espada. Perdoe-me por imiscuir-me em seus planos, mas não estariaís vós enganada ao creer em tais tolices? (continua)
domingo, outubro 30, 2005
O bêbado e a equilibrista I
- Leo, tira esse bicho daqui. – Gritava Solange.
- Ô nardão, meu filho vai ser o almoço de cobra, me acode!!! – retorquia Otávio.
Mas Jussara, aos poucos, aquietou-se. Entrara em sua velha caixa de sapato num canto da casa e ficara. Foi a partir daí que a festa realmente começou. A principio, olhares desconfiados lançavam-se a cada um que chegava. Despois, o sorriso seguido de um longo abraço quebrava a tensão e o recém-chegado logo se misturava aos demais. Todos estranhamente diferentes pela ação do tempo e destino que escolheram para as suas vidas.
Faculdade, familia, filhos, trabalho, viagens. Cursos, simpósios, workshops. E vai ano, entra ano. Cada um vivera seus sonhos e hoje era o grande dia de compartilhas as conquistas e as emoções com os velhos amigos. Mas, à distância que afastara os colegas de 3 anos de colégio técnino, agora reunia.
A tagarela Charlene tornara-se embaixadora. Jonas, o gordo caricaturista, tornara-se arquiteto. Mônica, que adorava imitar os professores, atriz de teatro, sua peça estava em cartaz na cidade. Clóvis, o cara que vivia com gel no cabelo, tornara-se reconhecido piloto de helicoptero, há 6 anos. E a festa seguiu, entre risos, recordações, gargalhadas, chacotas e fotos amareladas até que o povo comecou a se despedir.
Dos trinta e dois presentes restaram apenas nove, mas a nenhum deles era possível fazer sequer um oito, tal o grau de embriaguez. Dentre entre, Carlos, o moleque dos óculos engraçados, agora operado da miopia e da apendicite, era o mais cômico. Sempre quieto no seu canto, era sujeito de sorriso fácil, dissolvia-se sem muito esforço entre gente difícil. De suas veias jorrava o jeitinho leve de conduzir o rumo da prosa sem peleja. Virou diplomata. E, na ebriedade em se encontrava, balbuciava palavras robustas, quase desconexas, mas sempre com toda a polidez que fora possível demonstrar.
(Continua)
sábado, outubro 29, 2005
A noiva cadáver
Tim Burton reinventa a vida pós-morte com sua nova película "A noiva cadáver". Baseado em um conto russo, a história desvenda o universo das limitações humanas e é uma crítica voraz aos valores estimados pela sociedade.
Enquanto os vivos, em seu dia-a-dia amargo são tomados por doenças sociais tais como a cobiça, a mesquinharia, a opressão e a corrupção, demonstrados sempre de forma sinistra, os mortos gozam de um universo multicolorido, no qual cantam e se divertem. É uma boa dica para reflexão.
terça-feira, outubro 25, 2005
O Eu profundo
Fernando Pessoa, em "O Eu Profundo"